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Delegado diz que piloto estava consciente na hora da queda

Diretor da Polícia Civil de Santos afirmou que, por ter conseguido desviar de prédios no momento da queda da aeronave, o piloto deveria estar consciente

O delegado e diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) Aldo Galiano Júnior informou nesta manhã (14/8) que, pela dinâmica da queda do avião que matou o candidato à Presidência da República do PSB Eduardo Campos e outras seis pessoas, é possível supor que o piloto estava consciente. "Ele desviou dos prédios e procurou o bambuzal para poupar vidas." A região onde a aeronave caiu fica no centro de Santos e é repleta de edifícios. O comandante, no entanto, conseguiu desviar o avião até a queda em uma área com menos imóveis.


O delegado afirmou que a apuração sobre as causas do acidente fica a cargo da Aeronáutica. Mas, paralelamente, a polícia civil também investiga a possibildaide de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na tragédia. "Desde falha humana a defeitos de manutenção ou problemas", contou. Apesar da apuração, segundo Galiano, o foco agora é na identificação dos restos mortais." A nossa prioridade é de identificação e liberação dos corpos. O cálculo é de dois a tres dias para separação genética das partes e para liberação para as famílias.

[SAIBAMAIS] O jato que levava Campos caiu em uma área residencial em Santos, cercada por escolas e creches. Na queda, o avião atingiu parte de uma academia e caiu sobre os muros de três casas. Mas, no total, oito imóveis foram atingidos. A aeronave caiu entre 9h e 10h. Chovia no momento do acidente. O avião decolou às 9h20 do Aeroporto Santos Dumont e seguia rumo ao aeroporto de Guarujá. Campos desembarcaria em Santos com seus assessores para cumprir compromissos de campanha.