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Militantes da Rede e do PSB em Brasília lamentam morte

Ao longo da tarde, sede do partido na Asa Norte recebeu também militantes do PPS e de outros partidos da coligação. Clima é de pesar

Ao longo da tarde de hoje, militantes do PSB estiveram na sede do partido na Asa Norte trocando condolências e pesares pelo acidente que vitimou o presidenciável Eduardo Campos, na manhã de hoje. Militantes de outros partidos da coalizão, como o PPL e a Rede Sustentabilidade, também estiveram na sede do partido.

A porta-voz feminina nacional da Rede, Gabriela Barbosa, disse que a organização não tem atividades previstas para os próximos dias, e que o clima é de luto. "Estamos todos sem palavras, estamos todos em silêncio, em luto. A gente perdeu uma grande liderança nacional. Quando a Rede fez essa aliança programática a gente apostou no Eduardo Campos, porque ele era realmente o melhor nome pro Brasil, além de ser uma pessoa extremamente cativante", disse ela.

Raphael Sebba, integrante do Diretório Nacional do PSB, lamentou a perda. "Nós perdemos hoje parte essencial do que estamos construindo. O sentimento que fica é que perdemos não só o nosso presidente Eduardo Campos, mas de que cada um perde também um pouco de si. Fica o sentimento de que parte de nós estava naquele avião também. Não é o momento de falar de disputa ou de outra coisa que não a pessoa que foi o Campos. E que infelizmente não vai poder cumprir o que parecia ser o seu futuro, que era escrever ainda mais páginas importantes da história do país".

Para Adriano Sandri, um dos coordenadores da Fundação João Mangabeira, ligada ao PSB, o acidente significou "a perda de uma referência". "É um choque. Quem é que imagina que possa haver um acidente assim? Neste momento estamos todos reagindo emotivamente. O Eduardo era um verdadeiro líder no partido. Não é que o partido é uma pessoa, mas a perda de um líder é sempre a perda de uma referência. Não é a perda das nossas propostas, mas era um porta-voz", disse ele.

Segundo Sandri, o partido só deve voltar a pensar na disputa eleitoral na próxima semana. "O PSB e os seus aliados não somos um regime militar ou um batalhão que não sabe o que fazer ao perder o chefe. Nós temos uma proposta para o país. Sem dúvida teremos a maturidade, dentro de poucos dias, para repensar. Naturalmente nesse momento ninguém pensou e ninguém vai pensar até sábado ou domingo. Nós respeitamos esse momento da perda, da família", completou.