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Politica

Candidatos à presidência abordam temas econômicos em campanha

Enquanto Eduardo Campos promete rever a tabela do Imposto de Renda e estudar a tributação das grandes fortunas, Dilma defende o setor de energia do país e diz que é impossível fazer projeções sobre o aumento da tarifa nos próximos meses


Questionada sobre o aumento de tarifas, ela disse que ainda não há cálculo exato. ;É muito difícil estabelecer hoje qual é o impacto da tarifa. Somos um país que tem um regime hidrológico muito sensível à água. Não só em termos de quantidade de energia disponível, mas sensível em termos de preço.;

Maior obra de infraestrutura do governo petista, com custo de quase R$ 30 bilhões, Belo Monte é alvo de protesto de ribeirinhos e índios e foi defendida enfaticamente pela presidente. ;Achamos que a grande vantagem do Brasil é possuir ainda potencial hidrelétrico;, disse. Provocada sobre o impacto do empreendimento e as compensações ambientais, Dilma questionou: ;Você preferia ficar sem luz?;. ;Pagar bastante caro pela tarifa de energia também, né?;, completou.

A obra está prevista para ser entregue em 2019. Será a maior usina hidrelétrica 100% brasileira, e a terceira maior do mundo.

Dilma fica com 24 segundos a menos

O Tribunal Superior Eleitoral refez ontem à noite os cálculos do tempo a que cada coligação ou partido terá direito no horário eleitoral gratuito e aprovou uma resolução para a divisão da propaganda de rádio e tevê. Com a nova conta, a presidente Dilma Rousseff (PT) perde 24 segundos, e os candidatos Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves ganham, respectivamente, 14 segundos e 4 segundos. Dessa forma, Dilma terá 11 minutos e 24 segundos; Aécio, 4 minutos e 35 segundos; e Eduardo Campos, 2 minutos e
3 segundos. Ontem à noite, o TSE aprovou também o registro das candidaturas de Eduardo Campos e de Luciana Genro (PSol).