Jornal Correio Braziliense

Politica

Maldos chama oposição a conselhos populares de 'autoritarismo'

Secretário de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República vê ainda "pensamento medieval" no Congresso



Ao justificar a necessidade da criação dos conselhos populares, Maldos falou de um "mundo novo que se abriu com a luta social, que começou com a luta contra a ditadura", na qual a democracia, mais que representativa, deve ser participativa. Ele defendeu o decreto como um desdobramento da Constituição Federal de 1988, e "mais um passo organizativo" da sociedade. A norma teria sido encomendada pela presidente Dilma como uma das respostas às manifestações de rua que agitaram o Brasil em 2013. A criação dos conselhos sociais seria a "resposta apropriada ao desejo profundo da sociedade em torno de formas modernas de participação política".

Encontro da ABCP

As declarações de Maldos foram dadas durante a cerimônia de abertura do IX Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Cerca de 1,2 mil profissionais, estudantes e pesquisadores da área, do Brasil e do exterior, estão na capital da República para o evento, que neste ano tem como tema "1964-2014: Autoritatismo, democracia e direitos humanos."

A solenidade também homenageou o cientista político e sociólogo Gláucio Ary Dillon Soares, 80 anos, com uma longa trajetória acadêmica em universidades brasileiras e do exterior, e vencedor da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 2002. Também foram reverenciadas as memórias de Marcus Figueiredo e Sônia Camargo, igualmente respeitados no ambiente acadêmico. O primeiro , enquanto a segunda morreu no fim de julho.