Apesar da vantagem de Dilma, o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Rui Tavares Maluf vê a campanha da petista quase no limite. ;Dilma continua a favorita, mas está em um patamar próximo ao desconfortável. A taxa de rejeição indica pessoas que dificilmente serão sensíveis ao apelo da campanha;, analisou. ;A questão está um pouco fora da tevê e do rádio e mais nos indicadores econômicos, que a população percebe no dia a dia, como a inflação.;
Dentro do PT, o resultado da pesquisa causou alarde. ;O programa nem começou e Aécio já tem 20% das intenções de voto. Isso porque ele ainda é desconhecido, e a rejeição de Dilma está alta. O cenário que se desenha é muito delicado;, diz um petista que preferiu anonimato. A preocupação, segundo ele, aumenta conforme o segundo turno se projeta. ;Tem de ver quem vai apoiar quem e trabalhar para que não haja uma debandada de partidos aliados depois de uma derrota no primeiro turno. Diferentemente do pleito passado, há uma tendência de ascensão, e não de queda, como tinha o José Serra. Esse é mais um fator que precisa ser ponderado pelo núcleo da campanha;, avaliou.
Na disputa em primeiro turno, a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira mostrou Dilma com 36%, Aécio com 20% e Eduardo Campos (PSB) com 8%. Mesmo assim, a equipe do socialista não pretende alterar o rumo dos trabalhos. ;A pesquisa não mudou nada no cenário dele. O que vamos fazer é continuar com a campanha nas ruas, instalando os comitês regionais;, afirmou o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira. Eduardo Campos vai investir em comitês próximos à população para se tornar conhecido no país. ;O resultado da pesquisa demonstra claramente a candidata do governo em queda, o candidato da oposição parado e a gente ainda sem apresentar a curva de crescimento por conta do desconhecimento;, afirmou Eduardo Campos, que fez campanha em São Paulo na sexta-feira.
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