O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, lamentou nesta quarta-feira (25/6) que parte das obras de melhoria da mobilidade urbana previstas para a Copa não tenha ficado pronta a tempo do mundial. Segundo um levantamento da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, apenas 51,7% dos projetos de mobilidade urbana e das obras previstas para ampliar os principais aeroportos brasileiros já foram concluídas. Situação que, segundo o próprio ministro, frustra a equipe de governo.
O ministro também voltou a rebater as críticas aos gastos públicos com o evento. De acordo com a planilha do governo federal, foram investidos cerca de R$ 25 bilhões nos preparativos do evento, aí incluso a reforma de estádios e as obras de infraestrutura. Desse total, quase R$ 8 bilhões foram destinados aos estádios, sendo que, desse valor, R$ 4 bilhões foram investidos por governos estaduais e municipais e outros R$ 3,9 bilhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
;E quem tomou emprestado esse dinheiro vai ter que devolvê-lo, mesmo que a juros melhores [que os cobrados por bancos privados];, disse Carvalho, garantindo que a decisão de sediar a Copa não desviou dinheiro de outras áreas. De acordo com o ministro, desde 2010, o governo federal destinou R$ 800 bilhões à saúde e à educação. ;Estamos tranquilos para afirmar que os recursos destinados à Copa foram bem investidos. Não há nenhuma cidade-sede que não tenha sido beneficiada com a expansão de aeroportos, avenida.
Ainda segundo o ministro, o número de cidades-sede foi proposto como forma de não centralizar o evento apenas nas regiões Sul e Sudeste e, assim, alavancar o desenvolvimento das demais regiões. Além disso, de acordo com o ministro, os estádios foram projetados como espaços multiusos para que, passada a Copa, possam sediar não só jogos de campeonatos estaduais e nacional, mas também eventos culturais como grandes shows.
Carvalho disse que a geração de cerca de 1 milhão de empregos em função da Copa do Mundo, bem como o número de turistas estrangeiros surpreenderam positivamente até mesmo o governo federal. ;Sabíamos que a Copa ia alavancar o turismo, mas ninguém imaginava essa invasão chilena, colombiana, argentina, que não para. Mas o que mais está nos surpreendendo é essa confraternização universal que vemos nas ruas. Que vai deixar um legado não mensurável extraordinário, pois o turista bem recebido vai querer voltar e o turismo receberá um incremento fantástico;, concluiu Carvalho.