Naufragou o primeiro dia de esforço concentrado marcado pelos parlamentares para tentar votar algo antes do recesso para as convenções partidárias e para a Copa do Mundo, que começa daqui a nove dias. Durante os jogos, estão previstas apenas duas sessões deliberativas. Na Câmara, às 20h20 de ontem, apenas 244 dos 513 parlamentares haviam marcado presença, o que fez com que o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cancelasse a ordem do dia. No Senado, nem sequer teve sessão, sob a alegação de que não poderia haver votações concomitantemente com a apresentação do plano de trabalho da CPI mista da Petrobras.
Se os deputados e senadores resolverem começar a votar hoje algum item da pauta prevista esta semana, isso não significa que o resultado necessariamente será bom para o país. Estão previstas uma série de iniciativas legislativas que produzem ;bondades eleitorais; ou que, simplesmente, corroem a já combalida saúde fiscal brasileira. No fim do ano passado, a presidente Dilma Rousseff convocou os líderes da base aliada para que, juntos, se comprometessem a não aprovar a chamada pauta bomba que provocasse rombos nos cofres públicos.
A proximidade do ano eleitoral e a relação conturbada do Palácio do Planalto com a própria base de apoio coloca sob ameaça esse acordo. ;O governo terá que se alinhar com a base aliada. Esse desalinhamento em ano eleitoral nunca é bom;, alertou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), um dos que não tem muitas razões para se regozijar na relação com o governo federal.
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