Anápolis (GO) - No dia em que a presidente Dilma Rousseff se planejou para inaugurar o penúltimo trecho do projeto inicial da Ferrovia Norte-Sul -- iniciado em 1987, que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO), o Palácio do Planalto foi surpreendido por um protesto que deixou o trânsito parado na cidade. Nesta manhã, cerca de 300 trabalhadores pediam agilidade nas obras do viaduto na BR 060/153, que liga o centro ao o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). O protesto foi organizado pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas de Material Elétrico do Estado de Goiás (FemGoiás), entidade filiada a Força Sindical. A presidente Dilma chegou à cidade goiana por volra das 10h50.
Por volta de 4h, cerca de 50 manifestantes chegaram ao local da inauguração do trecho de 855 km da ferrovia, fizeram uma barricada e queimaram pneus. Os trabalhadores alegam que são prejudicados todos s dias com o transtorno nas ruas da região. Reclamam ainda que enfrentam congestionamentos de até duas horas para chegar a trabalho. A presidente, entretanto, não chegou a pegar a manifestação. Ela atrasou a agenda em uma hora e quando chegou ao local, por volta de 10h, o protesto já tinha sido dissipado.
A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a construção do viaduto foi iniciada em abril do ano passado, avaliada inicialmente em R$ 24,5 milhões. A conclusão estava prevista para fevereiro deste ano. Com o viaduto, o tráfego local será separado do de longa distância e contará com a implementação de uma ciclovia.