Sob ameaça de endurecimento do Palácio do Planalto em relação a movimentos grevistas de agentes de segurança pública, policiais promovem hoje manifestação relâmpago. Pelo menos 13 unidades da Federação terão os serviços da Polícia Civil paralisados por 24 horas. O ato conta com apoio das polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal ; nesses casos, engrossando a marcha marcada para a tarde de hoje em Brasília. Cerca de 8 mil pessoas são esperadas na Esplanada. As lideranças do movimento alertam que este é apenas o primeiro aviso e que novas paralisações podem ser marcadas a depender do andamento das negociações.
Interlocutores do governo afirmam que greves na área de segurança não serão toleradas. Caso os agentes de segurança continuem as mobilizações neste período que antecede a Copa do Mundo, o Planalto aposta na Força Nacional para driblar os efeitos das paralisações e garantir a tranquilidade do evento esportivo. Na semana passada, durante greve da Polícia Militar em Pernambuco, tropas da Força Nacional e do Exército foram convocadas para conter os saques e os crimes. O Exército, inclusive, está nas ruas da capital federal, em treinamento para a atuação durante o Mundial. No entanto, não há sobreaviso em relação ao movimento das forças policiais.
[SAIBAMAIS]O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem que não acredita que haverá um movimento de policiais durante o evento esportivo. ;Nós estamos apostando no bom-senso das pessoas. E acreditamos que essa movimentação não vai acontecer durante a Copa, porque acreditamos que as pessoas têm responsabilidade e sabem o que significa para o país um evento como esse;, disse. Segundo ele, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, conversou com comandantes das polícias e tem estimulado um ;comportamento adequado;. Carvalho citou o episódio de greve em Pernambuco, onde houve saques e confusões, como exemplo dos prejuízos que a paralisação pode provocar ;para o povo;. ;E imaginamos não precisar usar nenhuma força para complementar esse serviço;, acrescentou.
Estados afetados
Unidades da Federação onde os policiais civis paralisam as atividades hoje:
; Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Maranhão, Distrito Federal e Tocantins
Unidades que não paralisam, mas apoiam o movimento:
; Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará e Santa Catarina
Programação:
; Os protestos começam por volta das 14h, em frente ao Museu Nacional da República, com a concentração da Polícia Civil do DF. A partir das 15h, manifestantes de outros estados se juntam a eles. O plano é seguir em passeata até o Ministério da Justiça, onde as lideranças do movimento pretendem entregar uma carta ao ministro José Eduardo Cardozo. No local, o grupo decidirá se caminha até a Praça dos Três Poderes.
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