Investigado pela Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2013, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior admitiu nesta terça-feira (20/5), que está colaborando com as investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso.
Em nota divulgada por seus advogados, Gércio Júnior diz ter firmado um termo de colaboração com a PF e com o MPF. E que, pelo acordo, está impedido de fornecer qualquer outro detalhe sobre a Operação Ararath. A manifestação de Júnior reforça as notícias de que uma ação deflagrada pela PF esta manhã em Cuiabá é a quinta fase da Operação Ararath ; informação que nem a PF, nem o MPF confirmam.
Em novembro de 2013, quando concluiu a primeira etapa da operação, a PF informou que, desde o começo de 2011, vinha investigando empresas de factoring (fomento mercantil) e de outros segmentos, como uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá.
Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões de reais em seis anos. Ainda de acordo com a PF, base do esquema era uma empresa de Várzea Grande (MT) que, oficialmente, encerrou suas atividades em 2012.
[SAIBAMAIS]Hoje, em meio à falta de informações oficiais, a Agência Brasil confirmou com a assessoria do governo estadual que policiais apreenderam documentos na residência do governador Silval Barbosa (PMDB). A assessoria do deputado estadual José Riva (PSD-MT) confirmou que ele é um dos detidos na operação.
A reportagem confirmou também o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Cuiabá e no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida.