Mais de US$ 2,7 milhões teriam passado por uma conta secreta na Suíça em supostos pagamentos de propinas da multinacional francesa Alstom, indicou a Justiça do país. O dinheiro teria sido usado para garantir, em 1998, um contrato da área de energia elétrica de São Paulo durante a gestão Mário Covas (PSDB). O Tribunal Penal Federal da Suíça divulgou nessa segunda-feira (12/5) os dados da movimentação bancária completa, que serão enviados à Justiça Brasileira, que apura o crime. As informações são do jornal <em>O Estado de S. Paulo</em>.<br /><a href="http://publica.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:{%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20politica%20brasil%20economia%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22245%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22},%22rss%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22},%22opcoes%22:{%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22}}"><br />Leia mais notícias em Política</a><br /><br /><--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><[endif]--> <p class="MsoNormal"><strong>[SAIBAMAIS]Caso Alstom - Relembre</strong></p><br />O Ministério Público Federal (MPF) afirma que a multinacional francesa protagonizou um esquema criminoso de pagamento de propinas a integrantes do governo paulista, no final dos anos 1990, com o objetivo de obter contratos do setor de energia, na gestão Covas. O contrato, assinado pela Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE) com a Alstom e mais três empresas, previa o fornecimento de equipamentos para a construção e ampliação de três estações de energia, num valor atualizado de R$ 181,3 milhões. A Justiça aceitou a denúncia apresentada pelo MPF e tornou réus 11 de 12 pessoas:<br /><br /><strong>Corrupção passiva</strong><br /><br />Celso Sebastião Cerchiari<br /><em>Ex-diretor da EPTE e atual diretor de Operações da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista</em><br /><br />José Sidnei Colombo Martini<br /><em>Ex-presidente da EPTE e ex-prefeito da Cidade Universitária</em><br /><br /><strong>Participação no esquema:</strong> de acordo com a denúncia teriam recebido R$ 4 milhões em propina para garantir a contratação do consórcio da Alstom sem licitação<br /><br /><strong>Corrupção ativa e lavagem de dinheiro</strong><br /><br />Thierry Charles Lopez de Arias<br /><em>Ex-diretor financeiro da Alstom</em><br /><br />Jonio Kaham Folgel<br /><em>Ex-diretor superintendente da Cegetec</em><br /><br />Cláudio Luiz Petrechen Mendes<br /><em>Lobista</em><br /><br />Sabino Indelicato<br /><em>Empresário, ex-secretário municipal na gestão Robson Marinho na Prefeitura de São José dos Campos</em><br /><br />Jean Pierre Charles Antoine Courtadon (Andros)<br />Representante da Cegetec e presidente da CGEE Alstom<br /><br /><strong>Participação no esquema:</strong> pagamento de R$ 23,3 milhões a consultoras fictícias e offshores que eram responsáveis por repassar a propina para agentes públicos<br /><br /><strong>Lavagem de dinheiro</strong><br /><br />Daniel Maurice Elie Huet<br /><em>Ex-diretor de Marketing da Alstom</em><br /><br />José Geraldo Villas Boas<br /><em>Ex-presidente da Cesp nos anos 1980 e proprietário da ENV Consultoria</em><br /><br />Romeu Pinto Junior<br /><em>Lobista</em><br /><br />Jorge Fagali Neto<br /><em>Lobista e ex-secretário dos Transportes (durante o governo Fleury)</em><br /><br /><strong>Participação no esquema:</strong> simularam consultorias e fizeram a propina chegar aos destinatários finais. Jorge Fagaly teria ainda ocultado valores de corrupção cometida contra a administração pública