O ministro da Defesa, Celso Amorim, voltou a defender nesta terça-feira (6/5) na Câmara dos Deputados a destinação de pelo menos, 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos dez anos na área de defesa. Em debate sobre projetos estratégicos do setor, o ministro frisou que o país, apesar de pacífico, não está totalmente imune à futuros ataques.
;Seria razoável, em um horizonte de dez anos, que pudéssemos passar para um percentual aproximado de 2% do PIB. A par do aumento da proporção dos gastos de defesa em relação ao PIB é fundamental que a destinação desses recursos seja estável e previsível;, disse.
O ministro reconheceu, no entanto, que a necessidade de elevar os recursos na área de defesa não pode afetar as políticas socais do país. ;Naturalmente, um país como o Brasil, que só agora está erradicando a pobreza extrema, os gastos com defesa são objeto de escrutínio atento pela sociedade e é correto que seja assim. Mas os investimentos em defesa não pretendem competir com outras áreas de ação do governo, especialmente, a social. Mas não podemos perder de vistas que sem a capacidade de defender a nossa soberania não poderemos ter uma sociedade verdadeiramente livre e independente;, alertou Amorim.
Segundo ele, a alocação de mais recursos para a defesa do país deve seguir ;o senso de proporção, mas também com visão de mundo;. ;O fato de não termos hoje inimigos declarados não nos isenta dos riscos de conflito. Temos o dever de criar condições para que a nossa indústria de defesa prospere e produza frutos;.