postado em 04/05/2014 10:20
Três dias após o Correio flagrar a distribuição de dinheiro nas dependências da Câmara à claque que aplaudia no plenário as mudanças na chamada lei do descanso, que amplia a jornada de trabalho dos caminhoneiros para até 12 horas diárias, autoridades da Casa se manifestaram à favor da apuração dos fatos. O deputado Átila Lins (PSD-AM), corregedor parlamentar da Câmara, prometeu abrir investigação para apurar o ocorrido na noite da última terça-feira. ;Chegando à Corregedoria, pode estar certo de que vamos abrir sindicância e dar seguimento à apuração dos fatos. Se eu não puder fazer sozinho, posso nomear outros parlamentares que queiram participar das investigações. Mas pode ter certeza de que vamos dar seguimento;, declarou o corregedor parlamentar.
[VIDEO1]
O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse não saber ainda se a Mesa Diretora já recebeu alguma representação sobre o assunto, mas que encaminhará à Corregedoria quaisquer pedidos de investigação. ;Certamente remeterei a ele (Átila);, declarou o presidente. Alves disse ter tomado conhecimento das reportagens, e que não havia se pronunciado sobre o assunto por estar envolvido em atividades políticas no estado potiguar. ;Estou aqui no Rio Grande do Norte, em Mossoró, com eleição suplementar agitadíssima amanhã (hoje). Mas soube da matéria, cujos fatos e relatos examinarei segunda, chegando a Brasília;, disse ele por mensagem de texto.
Leia mais notícias em Política
Átila Lins lembrou que a Corregedoria só pode abrir investigação sobre algum fato se for provocada. Pelo regimento, representações à Corregedoria têm de ser encaminhadas pela Presidência da Câmara. ;É importante destacar que, pelo regimento, qualquer um ; cidadão, parlamentar, movimento, entidade ; é parte legítima para solicitar a apuração desse tipo de coisa à Mesa Diretora;, disse Átila. Na avaliação do parlamentar amazonense, o pagamento à claque atenta contra a instituição. ;É um comportamento que atinge a imagem do parlamento, o de usar de meios pecuninários para fazer pressão dentro do plenário. É preciso que se apure, até para resguardar a dignidade e a representatividade do Legislativo;, disse ele.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .