O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou, por unanimidade, o parecer preliminar do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que permite a continuidade do processo disciplinar contra o deputado André Vargas (sem partido-PR), que era vice-presidente da Câmara. Ele renunciou ao cargo após denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, que foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O processo pode levar à cassação do mandato de André Vargas.
Com a aprovação da admissibilidade do processo, o Conselho de Ética dá início à fase de investigação com a tomada de depoimentos de testemunhas a serem indicadas pelo deputado André Vargas e pelo relator do processo, realização de diligências e abertura de prazo para a defesa do acusado. A representação foi apresentada ao conselho pelos partidos de oposição na Câmara.
A votação do parecer pela admissibilidade do processo deveria ter ocorrido na tarde de hoje, mas em função de instrumentos protelatórios foi adiada para após as sessões ordinárias da Câmara. Os integrantes do conselho chegaram a aprovar o parecer no início da noite, mas a votação foi anulada pela Mesa da Câmara, uma vez que ocorreu durante sessão deliberativa da Casa.
Por pressão da direção do PT, Vargas que se encontra licenciado do mandato parlamentar, também se desfiliou do partido na semana passada.