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Comissão da Verdade diz que morte de coronel pode ser queima de arquivo

Para o presidente da Comissão, não se pode ignorar o passado do militar, que há um mês admitiu a participação em episódios de tortura durante a ditadura



[SAIBAMAIS]No início da tarde de hoje, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal acompanhe o caso junto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Para a CNV, o crime deve ser investigado com ;rigor e celeridade;.

De acordo com a polícia, três homens invadiram a casa do coronel, amarraram a mulher dele e o caseiro, e procuraram armas. Durante a ação dos criminosos, o militar foi morto. O corpo do coronel está no Instituto Médico-Legal de Nova Iguaçu, onde será determinada a causa da morte.

A Comissão da Verdade de São Paulo ;Rubens Paiva; também divulgou nota em que manifestou "surpresa e preocupação com o assassinato" do coronel. A entidade lembra que Malhães revelou "detalhes importantes sobre a execução sumária e a ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Paiva, além de outras informações sobre o funcionamento da chamada ;Casa de Morte; de Petrópolis".

"As circunstâncias em que ocorreu o assassinato de Paulo Malhães, no interior de sua própria residência, sem que nada tenha sido subtraído e na presença de seus familiares, indicam a necessidade de uma apuração rigorosa e célere dos fatos para que se desvende, o mais rápido possível, a motivação desse crime", diz a nota.