Politica

Conselho de Ética da Câmara vota hoje se André Vargas será processado

Colegas de partido vão decidir se o doleiro pode ser expulso da legenda

postado em 22/04/2014 08:10
Deputado renunciou ao cargo de 1º vice-presidente da Câmara. PT o pressiona para deixar o mandato
Na volta do feriado prolongado, o deputado federal licenciado André Vargas (PT-PR) - acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato, criada para desmontar esquema de lavagem de dinheiro - enfrentará uma semana sob intenso fogo, tanto por parte do partido quanto da Câmara dos Deputados. Hoje, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) entrega o relatório de admissibilidade da representação por quebra de decoro apresentada contra o petista por partidos da oposição - PSDB, DEM, e PPS - ao Conselho de Ética da Casa. O colegiado se reúne às 16h para votar o parecer.

[SAIBAMAIS]Também hoje, relatório dos três integrantes da Executiva Nacional do PT destacados para ouvir Vargas sobre a denúncia será entregue aos demais membros do colegiado, que decidirá se acata a recomendação de abertura de processo contra o deputado na Comissão de Ética do partido, que tem poder para expulsá-lo. O documento, assinado por pesos pesados da legenda - o vice-presidente nacional, Alberto Cantalice, o secretário nacional de Organização, Florisvaldo Souza, e o secretário nacional de Formação, Carlos Árabe -, está nas mãos do presidente Rui Falcão desde terça-feira. Falcão ainda pressiona Vargas a renunciar ao mandato. Nesse caso, o assunto poderia ser encerrado no PT ou enviado a Londrina (PR), onde Vargas é filiado e exerce influência.



O deputado federal Júlio Delgado aproveitou o feriado da semana santa para terminar o texto, que será curto, já que não há necessidade de aprofundamento em provas nesta etapa. ;O relatório dirá apenas se devemos acatar a representação dos partidos. Estou me baseando nas informações do documento e também na própria defesa que Vargas fez da tribuna;, disse. O petista admitiu, no plenário da Câmara, que viajou em um jatinho fretado por Youssef, mas negou ilegalidade na relação com o doleiro. No entanto, diálogos interceptados pela Polícia Federal revelaram que Vargas conversou com Yousseff para tratar de um contrato entre um laboratório de fachada e o Ministério da Saúde.

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