A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou nesta quarta-feira (2/4) a abertura de sindicância para apurar as denúncias de pagamento de suborno por parte da empresa holandesa SBM Offshore a empregados da Petrobras. O objetivo da sindicância é, segundo o órgão, ;aprofundar a apuração interna feita no âmbito da Petrobras;. A investigação tem 30 dias de prazo, a partir de sua publicação no Diário Oficial, para ser concluída. É prevista, no entanto, a possibilidade de prorrogação do prazo por igual período.
A abertura de sindicância foi determinada pelo ministro Jorge Hage. Ele elogiou a investigação feita pela estatal e a vê como ;ponto de partida; para o trabalho da CGU. O órgão não vai se ater apenas à Petrobras. A investigação vai abranger a SBM Offshore e suas representantes no Brasil. Durante o processo de sindicância serão cruzados dados de investigações da Polícia Federal, analisados documentos e coletados depoimentos. Além disso, o setor de Cooperação Internacional da CGU vai buscar informações com os ministérios públicos da Holanda e dos Estados Unidos.
A apuração da Petrobras, conforme a própria empresa já havia anunciado no último dia 31, não encontrou indícios de suborno. ;Baseada nos trabalhos feitos e restrita à sua competência, regulamentar, não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras;, disse a empresa.
[SAIBAMAIS]A própria SBM Offshore se manifestou sobre o caso. Em nota divulgada nesta quarta-feira, ela repetiu o discurso da empresa brasileira e disse que, após investigação interna, não encontrou indícios de suborno a funcionários da Petrobras. ;No que diz respeito ao Brasil, existiam alguns indícios, mas a investigação não encontrou nenhum elemento credível de que a companhia ou de que o representante comercial da companhia efetuaram pagamentos indevidos a funcionários públicos [incluindo funcionários de empresa estatal];. Ela ainda manifestou satisfação pela conclusão da investigação da Petrobras.