O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, disse nesta quarta-feira (2/4) que a presidenta Dilma Rousseff não teve acesso antecipado ao contrato de compra da Refinaria de Pasadena, no estado norte-americano do Texas, pela Petrobras.
O jornal Folha de S.Paulo informou, nesta quarta-feira, que o contrato sobre a aquisição da refinaria foi enviado para Dilma e para os demais conselheiros da Petrobras com 15 dias de antecedência. Segundo a reportagem, Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró (então diretor internacional da estatal), disse que os conselheiros tiveram tempo hábil para examinar o contrato.
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[SAIBAMAIS]Em nome da presidenta Dilma, o ministro Traumann negou que ela tenha tido acesso prévio ao documento. ;Como presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, a presidenta Dilma Rousseff não recebeu previamente contrato referente à aquisição da refinaria em Pasadena;, afirmou o ministro, há pouco, no Palácio do Planalto.
Hoje, o advogado de Nestor Ceveró, Edson Ribeiro, disse que todos os membros do conselho receberam, em 2006, com 15 dias de antecedência, uma cópia do contrato para a compra de metade da refinaria. Ceveró, que é ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, será ouvido pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados no próximo dia 16. Há duas semanas, o Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff só aprovou a compra da refinaria porque recebeu um resumo "falho". O documento foi escrito por Ceveró.
Em 2005, a Petrobras comprou metade da refinaria da trading belga Astra Oil por US$ 360 milhões. Sete anos depois, por uma cláusula no contrato, a Petrobras é obrigada a comprar o restante da refinaria por US$ 820,5 milhões.