Diante da decisão, Azeredo será julgado pela acusação de desvio de dinheiro público pela Justiça de Minas Gerais. Relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso propôs a criação de um critério para que renúncias futuras evitem o deslocamento da competência do Supremo. Ele defendeu que, a partir da aceitação da denúncia pela Corte, os réus obrigatoriamente passem a ser julgados pelo STF, mas só a partir de casos futuros.
[SAIBAMAIS];Acho que o deputado Eduardo Azeredo renunciou para não se submeter ao julgamento da Suprema Corte, não tenho nenhuma dúvida disso. Mas tenho dificuldade de considerar o ato abusivo, porque o Supremo nunca considerou a renúncia abuso de direito;, disse Barroso. ;Acho um absurdo que depois que o relator preparou voto, e o revisor também haja a renúncia;, acrescentou. A decisão sobre a criação ou não de um critério ficará para a semana que vem.
O único ministro que votou pela manutenção do processo no Supremo foi o presidente da Corte, Joaquim Barbosa. "A finalidade do reu é evitar o julgamento não somente por esta Corte, mas pelo juiz de primeiro grau. Ao que tudo indica a prescrição deverá se concretizar", frisou.