postado em 19/02/2014 06:00
Um ano depois da polêmica posse do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, o PT oficializou ontem a escolha do colegiado como um dos três que serão presididos pelo partido em 2014. A escolha evita um possível desgaste para o Planalto em ano eleitoral, como o que poderia ocorrer se o colegiado viesse a ser presidido pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por posições conservadoras e por criar polêmica em temas ligados aos direitos humanos. Durante o recesso parlamentar e logo após a volta das férias, Bolsonaro expressou por várias vezes a vontade de presidir a Comissão de Direitos Humanos.
[SAIBAMAIS];A Comissão de Direitos Humanos era uma prioridade para nós. Não poderíamos de forma alguma permitir que ficasse em mãos erradas, que se repetisse o constrangimento do ano passado;, disse o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP). Direitos Humanos e Minorias acabou sendo a terceira escolha do PT, possibilitada por um acordo com o PTB. ;Nós tínhamos um entendimento anterior com o PSB, para que houvesse uma troca. Entretanto, o líder Beto Albuquerque não havia sido informado, e eles acabaram escolhendo outra comissão. Ficamos apreensivos. Acabamos entrando em acordo com o PTB, que concordou em ;segurar; a CDHM para nós;, explicou Vicentinho, que negou qualquer acordo com o PP de Bolsonaro, e também que a escolha da comissão tenha sido orientada pelo Planalto.
;Nós somos o partido do governo, mas temos autonomia, enquanto bancada, para fazer uma decisão dessas;, comentou. O PT começou a discutir no fim da tarde de ontem os nomes dos presidentes, mas ainda não há consenso sobre quem assumirá cada colegiado. Petistas da Frente de Defesa dos Direitos Humanos disseram que apresentarão candidatos. ;É uma vitória do partido, uma construção da qual o núcleo de Direitos Humanos participou de forma decisiva. E nós vamos apresentar nomes para a bancada;, disse a deputada Erika Kokay (DF). Um dos nomes cotados é o deputado Assis do Couto (PR), por conta de um acordo entre tendências do partido.
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