A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (18/2), em Teresina, investimentos de R$ 611 milhões para obras de mobilidade urbana, focadas principalmente em veículo leve sobre trilhos (VLT), na capital do Piauí. Os recursos fazem parte do montante prometido pelo governo após as manifestações populares do ano passado que pediram a melhoria do transporte público nas médias e grandes cidades brasileiras.
[SAIBAMAIS]Dilma disse que tem ido a vários locais do país e destacado a importância de investimentos em mobilidade urbana, principalmente em transporte público sobre trilhos, por sair mais barato à população e trazer mais velocidade e segurança. ;As pessoas que vivem nas cidades, a maioria da população brasileira, têm imensa dificuldade de se transportar, perdem tempo imenso no transporte. Por isso, é muito importante que cidades como Teresina e outras que ainda não chegaram a uma situação de congestionamento, como existe em outras cidades do país, façam investimento em transporte sobre trilhos."
A presidenta explicou que R$ 306 milhões são recursos a fundo perdido, do Orçamento da União, e R$ 304,6 milhões são financiamento em 30 anos, com carência de cinco anos e juros de 5,5% ao ano. Com o anúncio, Dilma disse que a carteira de investimentos em transporte coletivo de massa no Piauí chega a R$ 846 milhões. As obras também preveem a construção de corredores de ônibus na capital piauiense.
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Durante o evento, Dilma também assinou ordem de serviço para a construção de 29 mil cisternas no estado, como parte do Programa Água para Todos, e entregou as chaves de cinco motoniveladoras e 35 pás carregadeiras a representantes de 40 prefeituras piauienses com população rural de aproximadamente 190 mil habitantes. Os equipamentos tiveram custo de R$ 14 milhões e devem ser usados na construção e manutenção de estradas vicinais que facilitem o escoamento da produção.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, chamou a atenção dos prefeitos para importância da manutenção das máquinas e do treinamento de operadores. Ele ressaltou que os contratos de compra dos equipamentos preveem a capacitação dos profissionais que vão operar as máquinas e que os prefeitos devem cobrar o treinamento no momento da entrega. Além disso, Vargas alertou que, para que a garantia seja mantida, os prefeitos devem estar atentos às datas das revisões periódicas. Segundo ele, a garantia das pás carregadeiras, motoniveladoras e retroescavadeiras é de 2.500 horas/máquina e a dos caminhões, de 100 mil quilômetros ou um ano, o que ocorrer primeiro.