O governo federal prepara uma ofensiva com foco publicitário para desarmar a bomba das manifestações com o mote Não vai ter Copa e transformar o Mundial em dividendos políticos para a presidente Dilma Rousseff. O primeiro passo foi oficializado ontem com a troca do comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Na quinta-feira, a ministra da Secom, Helena Chagas, pediu o afastamento do cargo, que será ocupado pelo jornalista Thomas Traummann, atual porta-voz da Presidência.
Thomas, que toma posse na segunda-feira, assume a pasta com a missão de coordenar as ações na internet e o diálogo com a imprensa para evitar que a população se volte contra o evento e cause mais desgaste à imagem da presidente. O Planalto não quer ver se repetir a queda na popularidade do governo, como ocorreu com as manifestações de junho.
A avaliação de um interlocutor próximo à presidente é que a comunicação falhou na falta de publicidade em relação ao governo. ;Estamos sofrendo um ataque brutal da Copa. Quem sabe, por exemplo, que os investimentos em infraestrutura são maiores que os dos estádios? Não tem uma ofensiva para enfrentar os ataques;, analisou. O entendimento predominante é de que o cidadão é induzido a achar que o Mundial está tirando os investimentos de outros setores. ;Mas será que, se não tivesse Copa, o dinheiro chegaria aos outros setores? Isso tem que ser avaliado;, argumenta.
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