A reforma ministerial representará um desafio extra para a presidente Dilma Rousseff: pela primeira vez desde o início de seu governo, ela terá de fazer várias substituições ao mesmo tempo em cadeiras ocupadas por ministros indicados pelo PT e de sua cota pessoal. Desde janeiro de 2011, quando ela assumiu o Palácio do Planalto, 21 ministros deixaram o governo, sendo apenas três deles petistas ; Antonio Palocci, Luiz Sérgio e Fernando Haddad.
Pelo menos quatro partidários da presidente devem deixar suas cadeiras para disputar as próximas eleições: Gleisi Hoffmann, Fernando Pimentel, Alexandre Padilha e Maria do Rosário. Até agora a maior parte das trocas nos ministérios esteve ligada a partidos aliados ao Planalto e coube às legendas negociar indicações para ocupar as cadeiras vagas. Com a confirmação das trocas este ano, Dilma chega ao último ano do mandato com menos de um terço dos nomes que começaram no governo. Dos 25 ministros, sete foram mantidos no cargo desde 2011.
A aguardada reforma ministerial deve começar no fim do mês, quando Dilma retornar de viagens no exterior ; dia 22 ela estará em Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial, e depois vai a Cuba para reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, no dia 26. As primeiras trocas devem acontecer na Casa Civil e na Saída, com as saídas de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, respectivamente. Pré-candidato ao governo de São Paulo, Padilha integra a lista de 10 ministros que mantiveram a vaga na Esplanada desde o início do governo. O ex-prefeito de Belo Horizonte e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, é outro que está no governo desde o início e deixará seu cargo. Ele deve disputar o governo de Minas.
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