Cada deputado tem seu preço. Quanto mais voto, maior a quantidade de dinheiro que ele leva para o cofre do partido. Nos corredores do Congresso, a barganha financeira é realidade. O peso dos deputados federais mais votados nas eleições de 2010 evidencia por que os partidos se esforçaram tanto para não deixá-los escapar das legendas ou para tirá-los de qualquer maneira de outra sigla um ano antes do pleito de 2014. O deputado Tiririca (SP), por exemplo, é responsável por levar R$ 347.150,65 todo mês aos cofres do PR. Levantamento feito pelo Correio na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra a importância financeira de cada um.
Tiririca, o mais votado do país, quase deixou a legenda antes da janela permitida para quem quer se candidatar em 2014 (5 de outubro, um ano antes do pleito) e chegou a ameaçar até largar a política e voltar a ser apenas artista. Mas, após negociações com integrantes do PR, principalmente com o deputado Valdemar Costa Neto (SP), resolveu ficar. Neto, que cumprirá pena em regime semiaberto devido à condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de 7 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, sabe bem o valor do palhaço.
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