O procurador da República Mário Sérgio Barbosa alega que os fatos investigados até o momento são graves, no entanto, a ministra, que pode ser processada por improbidade administrativa após a conclusão de inquérito civil público, segue totalmente blindada. O Palácio do Planalto silenciou sobre o assunto. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff asseguram que Ideli continua intocável. O inquérito, instaurado pelo Ministério Público Federal em Joinville, deve ser concluído em até 20 dias. A Polícia Rodoviária Federal pediu prorrogação do prazo para responder a todos os questionamentos feitos pelos procuradores da República. Eles querem saber detalhes da utilização do helicóptero modelo Bell 407.
O Correio tentou entrar em contato com o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, no entanto, não obteve retorno. A pauta do colegiado prevista para a próxima segunda-feira é fechada ; nem sequer a ata da reunião de outubro foi divulgada. Em julho, um caso bem menos grave mereceu atenção da comissão. O assessor especial do gabinete pessoal da Presidência da República Alessandro Teixeira, flagrado utilizando carro oficial para ir a uma academia de ginástica, foi alvo de análise. Como ocorre quase sempre, o desvio de conduta não mereceu punição. O caso acabou arquivado. No entendimento do presidente do colegiado e relator do processo, Américo Lacombe, o assessor, na época secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), não cometeu falta ética.
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