A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (29/10) o investimento de R$ 5,3 bilhões no transporte coletivo de Curitiba e da região metropolitana. Os recursos serão investidos em conjunto com os governos estaduais e municipais. A parcela federal faz parte dos R$ 50 bilhões destinados à mobilidade urbana contidos nos cinco pactos firmados pela presidente para atender às reivindicações das manifestações de junho e julho deste ano.
O transporte urbano, disse a presidente, "é uma questão essencial, porque diz respeito à vida das pessoas, não é só a qualidade e a segurança no transporte, mas quantidade de tempo que as pessoas gastam no transporte público do trabalho para a casa e de casa para o trabalho e a quantidade de tempo que as crianças e os jovens gastam para ir e voltar da escola".
Dilma destacou que, em Curitiba, a maior parte dos recursos, R$ 4,56 bilhões, será investida na construção do metrô, com 17,6 quilômetros de extensão. Desses recursos, R$ 1,8 bilhão será do Orçamento Geral da União. Mais R$ 1,4 bilhão serão financiados em condições privilegiadas, com 30 anos de amortização, cinco anos de carência e juros subsidiados.
O governo, segundo Dilma, é o primeiro a oferecer financiamentos desse tipo. "Isso explica por que, durante muito tempo, não se fez metrô neste país, porque não tinha linha de financiamento do governo federal". Mais cidades também serão beneficiadas com investimentos em metrô: Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Porto Alegre.
"Nossa prioridade é garantir qualidade ao sistema e gerar incentivos para que a população deixe o carro em casa e passe a usar o transporte coletivo e, com isso, todos nós vamos ganhar tempo para as nossas vidas".
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A presidenta voltou a falar do andamento de outros dois pactos: para a educação e a saúde. Sobre o Programa Mais Médicos serão, até o final do mês, 3,5 mil médicos atendendo em todo o país, beneficiando cerca de 47 milhões de brasileiros.
Sobre a educação, a presidenta voltou a falar da importância da licitação de Libra. Segundo a presidenta, 75% dos recursos do petróleo gerados por Libra seão destinados ao governo federal, aos estaduais e municipais. Os recursos de Libra, somados aos royalties e a 75% da metade do Fundo Social do Pré-Sal, "que no mínimo estará em torno de R$ 600 bilhões, R$ 700 bilhões. Isso conduzirá a uma receita permanente e constante deste país para investir em educação". Ela disse que o poço já havia sido licitado no passado, mas que não chegou a ser explorado, "pararam a 1,5 mil metros antes de achar [a área do pré-sal], para a sorte do Brasil e dos brasileiros".
A presidenta segue agora para Foz do Iguaçu (PR), onde vai inaugurar uma linha de transmissão na subestação de energia da margem direita de Itaipu Binacional. "Esta linha de transmissão cobrirá 25% da demanda por eletricidade do Paraguai, ampliando industrialização, investimentos e geração de riqueza", escreveu no Twitter.