As manifestações que acenderam o sinal de alerta dos políticos e motivaram a criação de agendas positivas no Palácio do Planalto e no Congresso em junho não tiveram a mesma força nas ruas do país ontem, dia marcado pelo Movimento Passe Livre (MPL) para protestar na Semana Nacional de Luta pelo Transporte Público. O maior ato foi em São Paulo, onde, mais uma vez, mascarados protagonizaram atos de vandalismo. Em Brasília, cerca de 60 manifestantes protestaram por cerca de duas horas, mas sem maiores transtornos além de problemas no trânsito.
Apesar do arrefecimento nos ânimos dos manifestantes em todo o país, salvo cidades pontuais, o Planalto ainda trata o tema com cuidado depois de ver a avaliação da presidente Dilma Rousseff despencar frente os protestos durante a Copa das Confederações, há quatro meses ; mesmo após a recuperação na popularidade verificada nas pesquisas recentes. Em ano pré-eleitoral, a petista, pré- candidata à reeleição, continua citando o tema em discursos. Ontem, em rede social, ela escreveu: ;Os movimentos de junho não foram apenas pelos 20 centavos. Foram por mais direitos;, disse, referindo-se ao aumento nas tarifas em São Paulo, que acabou revogado após os atos populares.
Embora tenha convocado manifestações em todo o país, o MPL não conseguiu adesão em muitas cidades. Em São Paulo, houve a maior concentração, com cerca de 3 mil pessoas. O ato começou pacífico, mas acabou com vandalismo e violência. À tarde, na Avenida 23 de Maio, o grupo queimou a réplica de uma grande catraca de ônibus em ato simbólico contra a cobrança de tarifas pelo transporte público. Às 20h, entretanto, os black blocs tomaram conta do movimentou e começaram a confusão.
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