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Integração é a pasta mais cobiçada, devido ao orçamento bilionário

Com um dos maiores orçamentos da Esplanada %u2014 R$ 8 bilhões previstos para 2013 %u2014, a pasta despertou a cobiça do PMDB, do PT e até do PP

A presidente Dilma Rousseff precisará de muito cuidado para mover as peças no xadrez da reforma ministerial que fará em dezembro. Não é apenas uma questão de substituir os ministros que concorrerão a algum mandato eletivo no ano que vem. Ela precisa manter a base unida para que parte da coalizão governista não se sinta disposta a escapar rumo aos candidatos da oposição. Tem de agradar o PT e o PMDB para não atrapalhar a própria campanha à reeleição e precisa decidir quem conduzirá a Casa Civil, principal pasta administrativa do governo.

[SAIBAMAIS]Pelos planos da presidente, os novos ministros assumirão o cargo em dezembro, para passar os dois primeiros meses de 2014 inteirando-se do funcionamento da máquina e retomar os trabalhos após o carnaval. A única exceção deve ser Alexandre Padilha (Saúde), que pode ficar até abril para consolidar o programa Mais Médicos.



Entretanto, a pouco menos de dois meses do prazo, até mesmo as pastas que já tiveram titulares exonerados ; Integração Nacional e Portos, com as saídas de Fernando Bezerra Coelho e Leônidas Cristino, respectivamente ; continuam indefinidas. Dilma praticamente prometeu o Ministério da Integração para o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), mas só confirmará a indicação em dezembro, o que abriu a disputa interna. Com um dos maiores orçamentos da Esplanada ; R$ 8 bilhões previstos para 2013 ;, a pasta despertou a cobiça do PMDB, do PT e até do PP. ;Se ela quer passar a vaga para nós, por que não indica logo? Daria para o Vital inteirar-se da pasta e fazer um bom trabalho;, reclamou um cacique do PMDB.

O PT também cobiça o ministério, especialmente pela grande capilaridade que a pasta tem no Nordeste ; região crucial para as eleições presidenciais de 2014. Além disso, na cabeça dos articulistas políticos de Brasília, quem herdar a Integração Nacional receberá como bônus os outros cargos que pertenciam ao PSB de Eduardo Campos: a presidência da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e as presidências da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

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