Moradora da Ilha de Marajó, no Pará, a conselheira do Patrimônio Imaterial Edna Marajoara destacou que encontros como o de hoje são necessários para consolidar a cultura e para que grupos tradiconais apresentem aos gestores suas necessidades e garantam as condições de continuar mostrando seu trabalho. ;O espaço para exibição da real cultura brasileira está muito pequeno atualmente. O governo tem inúmeros espaços físicos abandonados, e nós nunca conseguimos ter acesso a esses locais, que podem ser sedes dos grupos, disse ela.
Dirceu Ferreira Sérgio, conhecido como Dirceu do Congado, da Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, em Minas Gerais, defendeu a preservação das tradições que essa comunidade de músicos, dançarinos e cantores preserva há 125 anos na região da Grande Belo Horizonte. Dirceu contou que a entidade foi fundada por seu avô e que a tradição é passada de pai para filho, para que nada se perca no tempo.
;Assim como meus avós tinham aquele zelo de levar os filhos e os netos para a irmandade, para ocupar nosso tempo com algo que seria útil, nós temos esse cuidado também. Apesar de hoje ser diferente e de haver oferta de muita coisa no mundo, conseguimos levar as crianças e ensinar nossa cultura a elas;, disse Dirceu.
O Encontro Nacional de Culturas Populares e Tradicionais foi no Sesc Itaquera e contou com a participação de grupos de diversas partes do país que, além de mostrar sua arte, participaram de exposições, rodas de conversa, grupos de trabalho, mostra cultural e apresentações para recriar o ambiente das festas populares e tradicionais.