Em entrevista ao Correio, publicada no domingo (29/9), Lula disse que Marina deveria assumir que a Rede será um partido tal como outros, e "não inventar" que não é uma legenda, mas uma "rede". Lula participou, na manhã desta terça, de evento em homenagem aos 25 anos da Constituição, na sede nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O ex-presidente aproveitou o evento para enaltecer a gestão petista na Presidência da República. "Ao longo dos oito anos em que fui presidente do Brasil, minha tarefa cotidiana foi transformar em ações concretas os direitos nela (Constituição) estabelecidos. Essa tarefa prossegue no governo da presidente Dilma. Ela também acredita que a governabilidade está na promoção do desenvolvimento sustentável, com inclusão social."
Lula disse ainda que participará ativamente da campanha de reeleição de Dilma, sendo uma espécie de "dublê" da presidente. "Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste", disse o ex-presidente.
Em seu discurso a juristas e políticos, Lula mencionou várias vezes governos petistas, como o Bolsa Família, sempre colocando-os como bem-sucedidos. "Criamos o Fome Zero, dentro dele o Bolsa Família, que se tornou o maior e melhor programa de distribuição de erenda do mundo", afirmou. Depois de Lula, o vice-presidente Michel Temer discurso e também soltou elogiosos ao governo petista.
No evento, Lula assinou um projeto de iniciativa popular, encabeçado pela OAB, de eleições limpas e reforma política. Lula respondeu ainda a críticas pelo PT não ter assinado a Constituição. Ele disse que o partido apresentou seu próprio texto. " Nós só éramos 16 deputados, mas éramos desaforados como 500. Se nosso texto fosse aprovado, seria ingovernável porque éramos muito duros na queda", brincou.