Patriota disse que outra tarefa que vai levar entre as prioridades na representação na ONU será a defesa pela reforma do Conselho de Segurança do organismo. ;Espero que a reforma se concretize num futuro relativamente próximo. O debate está colocado na pauta há 20 anos;, disse. O diplomata destacou que o Brasil, ainda que não tenha assegurado um assento permanente no conselho, foi responsável por conquistas significativas sobre decisões do grupo. Patriota citou, por exemplo, o esforço feito, ao lado de países africanos e a Índia, para evitar que o colegiado internacional fechasse definitivamente as portas para uma participação permanente de países em desenvolvimento.
;A primeira vitória foi evitar déficit de representatividade que está na ausência de um membro da América Latina e África;, disse. Antonio Patriota ainda explicou que o Brasil ;não está fazendo barganha, em termos de perdoar dívidas de países africanos, para obter apoio para ocupar a cadeira;, afirmando que o Brasil é o candidato natural da região para o Conselho pela liderança que vem destacando em diversos debates internacionais.
Antonio Patriota, 59 anos, foi ministro das Relações Exteriores por dois anos e oito meses, e foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff para o ocupar o cargo em Nova York, logo que deixou a pasta, em agosto desse ano. Com 34 anos de carreira diplomática, Patriota serviu na missão permanente do Brasil em organismos internacionais em Genebra, na Suíça (1999-2003) e integrou a delegação brasileira no Conselho de Segurança da ONU (1994-1999).