A defesa cibernética então não busca defender diretamente a sociedade;Indiretamente sim, porque se os militares não estiverem preparados, não poderão defender a sociedade. O Centro já foi empregado, de forma pontual, na proteção a grandes eventos, como a Conferência Rio%2b20, a visita do papa, a Copa das Confederações. Tratava-se ali da defesa contra hackers ou crackers, ou eventualmente um país que desejassem atacar. Nessas ações pontuais, o Centro de Defesa Cibernética foi um pouco além da defesa militar, coordenando a ação de um conjunto de órgãos. Ele precisa evoluir, criar capacidades, talvez uma escola de defesa cibernética. Por que digo que é importante formar capacidades? Hoje, a tendência é comprar softwares importados, mas eles não vão garantir nossa defesa. Precisamos desenvolver tecnologia brasileira. Isso leva tempo, demanda investimentos, formação de pessoal e mudança de cultura. As pessoas acham mais fácil trabalhar com o que já existe, já conhecem. Mas, quando se trata da defesa e das redes do governo, só a tecnologia nacional pode garantir segurança máxima. Veja o caso da criptografia. Ela depende de um componente, o gerador de chaves, que é importado. E ele pode ser sabotado.
Foi uma surpresa a descoberta de que a agência americana atuou no Brasil da forma descrita?O senhor caracteriza a espionagem como um ataque?
Precisamos tomar cuidado com as palavras, mas óbvio que isso é intrusão. Uma intrusão em nossa soberania. Em geral, você reserva a palavra ataque...
A matéria completa está disponível
aqui para assinantes. Para assinar, clique
aqui.