. A saída de Paulo Roberto, investigado pela Polícia Federal na Operação Esopo, fragiliza a situação do ministro Manoel Dias. Ele permanece na função, por enquanto, porque Dilma não deseja comprar uma briga neste momento com o PDT. O caso do secretário executivo era diferente. Ele era visto pelo Planalto como o braço operacional do presidente do PDT, Carlos Lupi, dentro do ministério. Lupi deixou o cargo de ministro em dezembro de 2011, após denúncias de irregularidades em convênios.
Contra Dias, no entanto, pesa uma percepção de que ele não tem controle sobre o que se passa na própria pasta. Na semana passada, a Polícia Federal prendeu sete gestores da ONG Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat) ; inclusive um padre e a presidente da entidade, Jorgette Maria Oliveira ; e um assessor do Ministério do Trabalho Gleide Santos Costa, lotado na Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. Ele tinha em mãos R$ 30 mil recebidos como propina para facilitar um aditamento a um convênio do ministério com a ONG, que recebeu, desde 2009, repasses de R$ 47,5 milhões.
[SAIBAMAIS]Diante da reincidência da pasta em denúncias de irregularidades, o governo tentou agir rápido, para evitar uma sangria maior. O receio da presidente é que o escândalo, que envolve o desvio de R$ 400 milhões em cursos de capacitação não realizados, escorresse para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o que aumentaria o escândalo para a casa dos bilhões de reais.
A matéria completa está disponível para assinantes neste . Clique para assinar o jornal.