[SAIBAMAIS]O chanceler se recusou a comentar se a viagem de Estado da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, marcada para outubro, pode sofrer alguma mudança em consequência das revelações feitas sobre o monitoramento de comunicações.
Sobre a conversa que teve com autoridades norte-americanas na última semana, Cardozo disse ter tido um "diálogo firme". "Partindo do pressuposto que somos países soberanos e parceiros entendemos que poderíamos fazer um a acordo deixando claro que interceptação de dados só pode ser feita em território brasileiro com autorização judicial", disse.
Os norte-americanos não concordaram com as propostas brasileiras e afirmaram, segundo o ministro, que as informações monitoradas se limitam a questões de segurança nacional, o que contraria os documentos vazados.
Uma reportagem veiculada ontem pelo Fantástico mostrou uma apresentação da Agencia de Seguranca Nacional americana (NSA, da sigla em ingles) que revela dados sobre o monitoramento de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e ministros de Estado brasileiros. Os documentos obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald e vazados pelo ex-analista Edward Snowden, mostram que e-mails, mensagens e ligações telefônicas dea presidente foram monitorados. A presidência mexicana também foi alvo do programa de espeionagem, conforme revelou a matéria.
Durante a manhã de hoje, Dilma se reuniu com os ministros Figueiredo e Cardozo, além dos ministros da Defesa, Celso Amorim, e das Comunicações, Paulo Bernardo. O embaixador dos EUA em Brasília, Thomas Shannon, prestou novos esclarecimentos ao Itamaraty e prometeu, segundo Figueiredo, contactar a Casa Branca ainda hoje, para manifestar a postura brasileira e o pedido de explicações.