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Médicos estrangeiros começam avaliação e treinamento do Mais Médicos

São 682 profissionais que, durante três semanas, receberão aulas de português, além de curso sobre o SUS, doenças prevalentes no Brasil e aspectos éticos e legais do exercício da medicina.



Já o médico espanhol Diego Sanchez teme que o português seja uma barreira. ;Vim pelo interesse de trabalhar com o povo brasileiro e para ajudar a transformar a mentalidade ;hospitalocêntrica; para a medicina comunitária;, disse. ;Se não der certo, volto a Espanha.; Ele veio com quatro filhos estranhou a reação dos médicos brasileiros aos estrangeiros. Sobre a hospedagem, Sanchez afirmou que se trata de um alojamento militar, com várias pessoas dividindo beliches. Outros profissionais reclamaram de superlotação. Os médicos estão em alojamentos do exército, separados para mulheres e homens.

Ontem, em resposta às críticas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que providenciará mudanças na hospedagem. Ainda na cerimônia de abertura do módulo, o ministro afirmou que os profissionais são bem vindos no país e a agradeceu a participação deles no programa. O ministro ainda rebateu a declaração do presidente do Conselho Regional de Minas Gerais, João Batista, que disse que não registrará os estrangeiros que não tiverem revalidado o diploma e orientará os colegas a não os ajudarem em caso de erros. "Eu repudio veementemente a declaração."