Jornal Correio Braziliense

Politica

Presidente da Câmara diz que invasão ao plenário da Casa foi um 'abuso'

Henrique Alves disse que vai criar um grupo de trabalho para discutir a proposta com representantes do governo federal e dos estados

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou hoje (21) ;um abuso; a invasão ao plenário da Casa ocorrida nessa terça-feira (20/8), iniciada pelos manifestantes favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que cria o piso nacional para policiais militares, bombeiros e policiais civis do país.

Para Henrique Alves, o gesto, em vez de facilitar a aprovação, acaba criando um ambiente para rejeição da proposta. ;É natural que as pessoas venham reivindicar, pleitear, mas de forma respeitosa, de acordo com as regras da Casa, para que ela possa ser democrática e dar direito às manifestações. Mas, na hora que se invade o plenário, se torna um abuso, um desrespeito, e não ajuda em nada. Em vez de construir uma boa vontade, esse tipo de comportamento constrói uma rejeição;, disse o peemedebista.



[SAIBAMAIS]Ontem, dezenas de policiais de vários estados tomaram o Salão Verde da Câmara para pressionar os deputados a votarem o segundo turno da PEC 300. Posteriormente, mesmo depois de os líderes do movimentos terem sido recebidos pelo presidente da Câmara, os manifestantes invadiram o plenário em meio à sessão.

Henrique Alves disse que vai criar um grupo de trabalho para discutir a proposta com representantes do governo federal e dos estados. A ideia, segundo ele, é que até o dia 16 de setembro seja negociado um texto que viabilize a aprovação da proposta. ;Não adianta só o discurso e na hora [de votar] não se consegue aprovar. [A criação do grupo de trabalho] é um ato de responsabilidade, para construir um acordo, conversar com o governo, com os governadores, para que se possa construir um texto que esta Casa possa aprovar, e não apenas um discurso demagógico que não tem consequência;, disse Alves.