As cúpulas do PT e do PMDB se reuniram na noite de ontem no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, pela primeira vez desde que as manifestações de junho pulverizaram a popularidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e desequilibraram a relação de forças entre os dois partidos na montagem dos palanques estaduais. Na disputa pelo governo fluminense, os peemedebistas perderam a possibilidade de pressionar o PT a não avalisar uma candidatura própria ; no caso, de Lindbergh Farias. ;O (Sérgio) Cabral de maio tinha o prestígio de quem foi reeleito com 70% dos votos. O Cabral de agora tem o peso de alguém com 12% de popularidade;, reconheceu um cacique peemedebista.
Mesmo assim, a expectativa é que as divergências não abalem a aliança nacional entre os dois partidos em 2014. ;É como um casamento no qual os cônjugues não se amam, mas sabem que a separação será muito mais danosa do que permanecer juntos;, disse um interlocutor petista. Para esse militante, o PMDB jamais teve um protagonismo tão grande no Executivo, mesmo quando era aliado dos tucanos na gestão de Fernando Henrique Cardoso. E o PT não pode abdicar de uma bancada de 81 deputados e 20 senadores, e uma máquina partidária espalhada por todos os cantos do país.
Petistas e peemedebistas desistiram, porém, de tentar um armistício na Bahia. Não há mais como descartar a candidatura do vice-presidente da Caixa, Geddel Vieira Lima (PMDB), ao governo baiano. Na semana passada, Geddel apareceu em spots do partido no rádio e na televisão elogiando as gestões de Antonio Anastasia (Minas Gerais) e de Beto Richa (Paraná), ambos do PSDB, e do socialista Eduardo Campos, em Pernambuco. Os dois primeiros apoiam a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). O terceiro é pré-candidato do PSB ao Planalto em 2014.
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