No momento em que o Senado discute o fim do voto secreto, inclusive para perda de mandato, Jorge Viana disse ser contra a medida. ;Eu particularmente tenho opinião que para eleição da Mesa e perda de mandato a gente tem que fazer como fazem o Supremo e outras instituições importantes. Voto aberto pra tudo enfraquece as instituições, enfraquece, na minha opinião, o interesse público e fortalece o interesse das corporações;, disse.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) tem dúvidas sobre uma possível condenação de Cassol também pelo plenário do Senado. ;Eu não sei se a gente vai cassar não, porque eu já tive muitas surpresas de coisas que eu esperava e não aconteceram, sobretudo em votação fechada. Agora, eu considero muito difícil um senador passar a noite preso e o dia trabalhando;, ponderou.
Apesar de Cassol já ter dito que não pretende renunciar ao cargo, para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), essa seria a melhor forma de resolver o problema. ;Acho que se ele [Cassol] tiver essa consciência, isso será melhor pra ele, para a sociedade brasileira e será melhor para o parlamento brasileiro;, disse a senadora.
Mesmo com as manifestações, o assunto está sendo tratado com cautela entre os parlamentares e a expectativa é de que os debates sobre o assunto no Senado só ocorram depois que não houver mais nenhuma possibilidade de recurso à Justiça. Se for levada a Plenário, a perda definitiva do mandato é decidida por votação secreta e o quórum exigido é de maioria absoluta de votos, 41.