O governo federal desistiu da proposta original de aumentar a formação em medicina de seis para oito anos, como previsto na medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos, publicada no último dia 9. A posição dos ministérios da Saúde e da Educação, apresentada ontem, é de que a etapa chamada de ;segundo ciclo; faça parte da residência médica. Após concluírem a graduação em medicina, os estudantes devem ser obrigados a fazer a especialização no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta será encaminhada ao Congresso e a regulamentação ficará por conta do Conselho Nacional de Educação (CNE). Anunciada no último dia 8, a proposta de criar o segundo ciclo foi alvo de ferrenhas críticas de entidades médicas e de representantes de faculdades de medicina. Ainda ontem, a Justiça Federal negou as ações civis públicas ajuizadas por duas entidades para suspender o Mais Médicos.
A proposta, elaborada por uma comissão de especialistas do MEC e pela Associação Brasileira de Educação Médica, foi debatida ontem em reunião com os ministros Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante com representantes de 30 universidades federais. Segundo Mercadante, houve unanimidade de que a medida é positiva. ;Mas vamos continuar aprimorando o programa. Vamos levar essa proposta ao relator da MP, porque quem vai decidir no fim do processo é o Congresso;, ressaltou o ministro da Educação. A comissão que analisará a MP será instalada em 7 de agosto, quando será designado o relator.
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