Após boatos de que profissionais da saúde estariam tentando boicotar o programa, o governo anunciou na tarde desta quinta-feira (18/7) que o Ministério da Saúde vai reforçar a análise da documentação dos médicos no sistema de inscrição do Mais Médicos. Residentes e participantes do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) terão que declarar, no ato da inscrição, que estão dispostos a desistir dos programas para aderir ao Mais Médicos.
;Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população;, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
[SAIBAMAIS]Depois de confirmar a participação no programa, o médico terá que entregar uma declaração impressa do desligamento da residência médica ou do Provab, emitido pela coordenação dos mesmos. Com isso o governo pretende assegurar-se da verdadeiura intenção dos profissionais em entrar no Mais Médicos.
Mais mudanças
Os médicos que afirmarem a participação no projeto e não comparecerem ou desistirem nos primeiros seis meses serão excluídos do programa, e só poderão se inscrever de novo após o prazo de seis meses. E os reincidentes não poderão mais fazer parte.
O Ministério da Saúde recebeu várias denúncias sobre o boicote, que seria a desistência de boa parte dos médicos, depois das inscrições efetuadas. Isso acabaria atrasando a chamada dos profissionais do Brasil e de outros países. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse hoje que o foi solicitado à Polícia Federal que investigue possíveis sabotagens ao programa Mais Médicos, lançado na última semana pelo governo federal.
Aqueles que efetuaram a inscrição antes das mudanças serão comunicados por telefone ou e-mail. Todas as alterações no Mais Médicos serão publicadas nesta seta-feira (19/7) no Diário Oficial.