Na época em que o Congresso votou a Lei Geral da Copa, a Fifa fez um ;acordo informal; para haver uma cota para políticos nas arquibancadas, ao menos quando o Brasil estivesse em campo. A negociação envolveu também as partidas da Copa do Mundo de 2014, mas ainda há conversas para que seja estendida à das Confederações. Como nada é garantido, muitos parlamentares apelaram para outras possíveis fontes de ingressos vips. As principais são os patrocinadores e os governos dos estados onde ocorrerão os jogos, que tiveram direito a pacotes de entradas. Quem não tem contato direto com eles abordou outros deputados que poderiam fazer a ponte, como os que atuam na área esportiva ou os que são das cidades sede. ;Tenho sido procurado por muitos colegas que acham que eu posso fazer alguma coisa, mas nem sempre é possível;, relata Vicente Cândido (PT-SP), vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Se a busca por garantir um lugar privilegiado para ver a Seleção em campo der certo, poderá haver um número recorde de parlamentares em Brasília, em pleno fim de semana, quando eles costumam deixar a cidade. ;Muita gente vai ficar aqui. Se marcarem uma sessão na Câmara na sexta-feira, com certeza, vai ter quórum;, brinca o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que integra a Comissão de Turismo e Desporto.