O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), expôs ontem o crônico problema na articulação política do governo com o Congresso. Um dia depois de o Planalto ser derrotado com a não votação da MP 605/2012 no Senado, que define recursos para garantir a redução da conta de luz elétrica ; o que obrigou o governo a fazer um ;contrabando; na MP 609/2013 (veja a página 3) ;, Alves disse que existem problemas na relação entre o Executivo e o Legislativo. ;Não estou aqui para tapar o sol com a peneira, mas precisamos saber por que a base tem 421 deputados e não conseguiu colocar 257 para uma votação importante na segunda à noite;, declarou. O texto só foi aprovado na terça.
O discurso de Alves reforça o momento de tensão vivido com o PMDB, que, comandando as duas Casas do Congresso, passou a ditar o ritmo de votações do parlamento. Há duas semanas, a MP dos Portos só foi aprovada após um esforço atípico. Depois de dois dias seguidos e 41 horas de discussão na Câmara, o Senado aprovou a matéria a toque de caixa, no mesmo dia. ;Precisamos tirar lições do que houve para não passar de novo por isso, que foi um vexame;, classificou o presidente da Câmara. ;Não adianta dizer que está tudo bem, porque não está. Tem problema em algum lugar;, resumiu Alves.