postado em 29/05/2013 17:55
Prestes a deixar a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR) após quatro anos de mandato, Roberto Gurgel disse que deverá se aposentar em seguida. Caso a opção se confirme, o procurador, de 58 anos, antecipará em mais de dez anos a data-limite para sair do serviço público, que é 70 anos. Gurgel deve ficar no cargo até o dia 15 de agosto.;Estou examinando, mas provavelmente [a opção] é que realmente eu aposente;, disse, durante intervalo da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta tarde. Se permanecer no Ministério Público, Gurgel se juntará a outros 61 subprocuradores-gerais da República com atuação no Supremo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Embora não tenha definido se permanece no Ministério Público, o procurador-geral adianta que não há possibilidade de ingressar na advocacia privada. Esse foi o destino de seu antecessor, Antonio Fernando de Souza. Ao deixar o cargo em 2009, o autor da denúncia da Ação Penal 470 se aposentou e abriu um escritório de advocacia.
Quanto ao andamento do processo do mensalão, Gurgel acredita que seu sucessor seguirá a mesma linha de acusação dos últimos dois mandatos, pois acredita que o trabalho do Ministério Público deve ser marcado pela impessoalidade. ;Não vejo qualquer motivo para que os réus comemorem minha saída, pois acho que o trabalho terá continuidade;, avalia.
A nomeação do novo procurador-geral é uma livre escolha da Presidência da República, que ainda não fez a indicação. No mês passado, a entidade de classe da categoria preparou lista tríplice com os três candidatos mais votados pelos profissionais da área. A lista é encabeçada pelo subprocurador-geral Rodrigo Janot.
Gurgel disse que não há processos ou denúncias específicos que pretenda priorizar nos últimos dias de atuação no STF. ;O esforço que já estou fazendo, que vou continuar fazendo, é tentar deixar o estoque, o menor possível, para quem venha me suceder;.