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Politica

Sem quórum, Câmara dos Deputados retoma sessão para votar MP dos Portos

Os deputados terão que votar, ainda hoje, 14 destaques que visam a modificar a Medida Provisória 595 para encerrar a análise da proposta na Casa

A Câmara dos Deputados retomou nesta quarta-feira (15/5) a sessão para votar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que estabelece novas regras para as concessões, arrendamentos e autorizações de instalações portuárias, públicas ou privadas. A sessão começou pouco depois das 11h e ainda não há o quórum de 257 parlamentares presentes necessário para começar a votação.


Hoje, os deputados ainda terão que votar 14 destaques que visam a modificar a MP para encerrar a análise da proposta na Casa. Ontem, a base aliada conseguiu derrubar, em votação simbólica, os mais de 20 destaques de bancada apresentados à Medida Provisória 595. Depois, também foram rejeitadas todas as dez emendas aglutinativas que também pretendiam modificar texto aprovado pela comissão mista que analisou a MP.

[SAIBAMAIS]Para não perder a validade, a medida provisória tem que ter sua votação finalizada pela Câmara e aprovada pelo Senado até a meia-noite de amanhã (16/5). Ontem, o Senado chegou a prorrogar a sessão até a meia-noite para aguardar o término da votação da Câmara, o que acabou não acontecendo.

Posteriormente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou sessão plenária para o meio-dia de hoje para ler a MP. Mas a sessão também foi cancelada porque os deputados ainda não conseguiram retomar a votação da matéria.

Depois de aprovada pela Câmara, a MP tem que ser enviada à Mesa Diretora do Senado que encaminhará a matéria para leitura no plenário. Depois disso, ela já pode ser pautada na Ordem do Dia. Regimentalmente, não há impedimento para que o texto seja votado, mas existe um acordo de líderes que a medidas provisórias fiquem na Casa por duas sessões antes de serem votadas.

Esse acordo foi firmado para pressionar a Câmara dos Deputados a votar as MPs com maior celeridade. Com isso, as propostas chegariam ao Senado com prazo maior para análise e votação, o que na prática não ocorre.