"Desde que votou contra o Plano Real, apresentado pelo governo do presidente Fernando Henrique, e a partir do momento em que começa a governar, o governo não tratou com aquilo que chamamos de tolerância zero a inflação. Não há uma meta real, a meu ver, buscada pelo governo", criticou Aécio.
O senador participou da festa do trabalhador na Praça Campo de Bagatelle, em Santana, Zona Norte de São Paulo, organizada pelas centrais sindicais Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central.
O presidenciável pelo PSDB fez questão de ressaltar que "ao longo dos últimos 20 anos, o Brasil vem avançando e crescendo não por obra de um governante ou de um partido político, mas pela luta de seus trabalhadores".
O senador tucano tocou ainda em outros pontos espinhosos para o governo federal como a queda-de-braço entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso e, ainda a repercussão negativa à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que retira o poder de investigação do Ministério Público.
"Estaremos vigilantes, acima dos partidos políticos, para impedir qualquer ataque àquela outra grande conquista dos brasileiros que foi a democracia, a liberdade. Sempre que quiserem atacá-la, cerceando, por exemplo, as atribuições do Supremo Tribunal Federal, impedindo o Ministério Público de investigar, e inibindo a formação de legendas partidárias fora do guarda-chuva do governo, estaremos firmes e vigilantes porque o Brasil é um Brasil de todos", desafiou Aécio.
E para não dizer que não falou apenas sobre política, o tucano saudou a classe trabalhadora com um convite: "Vamos juntos fazer o Brasil retomar o seu crescimento, qualificando sua mão de obra para que não sejamos vítimas da importação de mão de obra estrangeira para suprir a baixa qualificação da nossa. Isso é responsabilidade de governo e estaremos atentos para cobrar".