Mais evasivo em relação ao seu destino político, Fabiano Tolentino (PSD) afirma ter sido convidado pelo DM e por outras legendas. Eleito pelo PRTB, Tolentino entrou na ;janela; do PSD, estando agora livre para fazer a escolha partidária que melhor lhe convir, sem estar sujeito a nenhum tipo de sanção como a perda do mandato. ;Neste primeiro momento ainda estou estudando. Fábio Cherem e o Hélio Gomes vão ficar no PSD. Estou incomodado com o posicionamento político da nacional em apoio à Dilma. Mas ainda não decidi para onde ir;, acrescenta ele.
Caciques
Na Assembleia Legislativa, o MD nasce com a bancada de Luzia Ferreira e Sebastião Costa, do PPS e Duílio de Castro, do PMN. Dentro do cálculo eleitoral daqueles que pretendem ingressar na nova legenda, já se considera a candidatura do secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge (PPS). Como outros que passaram antes dele por esse cargo, Jorge deverá ter muitos votos. Com os outros ;caciques; que chegarão do PSD e até do PRTB, o MD tem tudo para nascer uma sigla bastante ;pesada; para candidatos sem um patrimônio eleitoral consolidado.
;Criamos uma janela;, assinala Luzia Ferreira, presidente estadual do PPS. ;Corremos com o processo de fusão entre o PMN e o PPS para nos antecipar à aprovação do projeto que limita a criação de partidos;, diz Luzia. Segundo ela, o deputado federal Roberto Freire (SP), que presidirá a nova legenda, deu orientação clara no sentido de não condicionar a filiação de interessados ao fato de eles não terem mandato eletivo, um critério muito usado por partidos pequenos que buscam chapas proporcionais competitivas.
;Fundimos para crescer;, sustenta Luzia Ferreira, lembrando, contudo, que o tamanho do crescimento deverá ser pactuado com o PMN e o PPS. ;Precisamos crescer sim, mas sem criar constrangimentos para aqueles que estão no partido pela fusão das duas legendas;, lembra ela, sugerindo que, dependendo da demanda pela migração de deputados, em algum momento o MD de Minas deverá começar a negociar caso a caso.