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PT quis apunhalar a candidatura de Marina Silva, diz coordenador da Rede

José Fernando de Oliveira que decisão do ministro Gilmar Mendes deve ajudar a barrar "o rolo compressor" do governo federal no Legislativo

A decisão do ministro Gilmar Mendes de conceder liminar, na noite dessa quarta-feira (24/4) - para sustar tramitação de projeto de lei no Senado criando restrições à criação de partidos-, deve ajudar a barrar "o rolo compressor do governo federal no Legislativo para prejudicar a candidatura da Marina Silva à Presidência da República", avalia o o coordenador estadual da Rede Sustentabilidade em Minas e membro da Executiva Nacional do partido, ex-deputado federal José Fernando de Oliveira.

O Planalto promoveu entre seus aliados a aprovação com urgência, na Câmara, desse projeto e caminhava para conseguir o mesmo êxito no Senado, não fosse a liminar do ministro Gilmar Mendes. Além dos correligionários de Marina, lideranças de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) também criticaram a iniciativa, que avaliam ter como principal propósito impedir a candidatura de Marina Silva no ano que vem.



Para Josél José Fernando, que comemorou nesta quinta-feira (25/4) a deliberação do ministro, após mandado de segurança protocolado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) no Supremo Tribunal Federal, a aprovação do projeto com apoio da base aliada do governo federal demonstra ;preocupação do PT e de Dilma com a candidatura de Marina e com o debate que ela irá propor durante a campanha".

José Fernando avaliou que a decisão de Gilmar Mendes vem reparar ;um absurdo jurídico; aprovado na Câmara e, provavelmente, no Senado de mudar as regras da legislação eleitoral para atender interesses políticos-partidários. ;O PT quis apunhalar a candidatura da Marina com o mesmo punhal que a ditadura usou contra os petistas. Aprovar esse projeto é antidemocrático", avalia José Fernando.

Marina em BH


Marina Silva chega a Belo Horizonte neste sábado, onde participa de atividades de rua para colher assinaturas para o partido, Rede Sustentabilidade. A legenda foi lançada em fevereiro deste ano e para conseguir o registro definitivo junto ao Tribunal Superior Eleitoral deve conseguir no mínimo 500 mil assinaturas de eleitores em nove cidades. Esse prazo deve ser cumprido, caso a ex-senadora queira disputar a eleição em 2014, um ano antes do pleito, ou seja, em outubro deste ano.

José Fernado diz que esta meta está perto de ser alcançada. ;Vamos fechar abril com 300 mil assinaturas coletadas;, garante. Diante desse quadro, não é à toa que Marina desembarca na capital neste sábado e fica por dois dias na cidade. Em 2010, no primeiro turnos das eleições, Marina, então candidata à presidente da República, ficou em primeiro lugar na capital mineira, com 40% dos votos, batendo seus oponentes Dilma Rousseff (31%) e José Serra (28%).