Jornal Correio Braziliense

Politica

Comissão de Direitos Humanos aprova requerimentos em reunião fechada

Manifestantes pró-Feliciano e contrários a permanência dele na comissão protestavam nos corredores das comissões da Câmara

Em reunião restrita a deputados, imprensa e assessores parlamentares, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) aprovou, hoje (10), quatro requerimentos, sendo dois de audiências públicas e dois de diligências. A reunião foi iniciada com a presença de manifestantes contrários e favoráveis à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da CDHM, mas em virtude dos tumultos, a sessão foi transferida para outro plenário com portas fechadas.

Enquanto os deputados discutiam os requerimentos, manifestantes pró-Feliciano e contrários a permanência dele na comissão protestavam nos corredores das comissões da Câmara. No plenário da comissão, os desentendimentos foram entre a representante do PT, deputada Erika Kokay (DF), e deputados defensores de Feliciano. O deputado Takayama (PSC-PR) acusou a petista de tentar impedir os trabalhos da CDHM. ;O retrato do ódio, da incitação está vindo de pessoas que tentam desestabilizar os trabalhos da comissão;.

A deputada Erika Kokay retrucou os ataques e disse que estava sendo ;extremamente ofendida pelo deputado;. Ela acusou a comissão de ser palco da ;inexistência da democracia; e alertou que é preciso ficar atento para isso. Érika reclamou de ter sua fala cortada pelo presidente da comissão e disse que estava no plenário para tentar salvar alguns projetos. ;Os projetos são extremamente importantes e eles seriam absolutamente adulterados se deixasse nessa logica preconceituosa que está em curso na comissão;, disse.

A deputada petista foi duramente criticada pelos integrantes da comissão por suas posições e por obstruir as votações de todos os requerimentos. Ela chegou a pedir a leitura da ata da sessão anterior da comissão, o que foi criticado pelos demais integrantes do colegiado. Ela disse que a obstrução foi feita porque os deputados defensores dos direitos humanos não concordam com a presidência da comissão. ;Estamos em obstrução, porque não reconhecemos a presidência da comissão e não achamos que é legitima a sua assunção à presidência;.

Ao término dos trabalhos, o deputado Pastor Marco Feliciano disse que as reuniões da comissão ;vão continuar abertas e que a ordem será mantida;. Segundo ele, a comissão está trabalhando e cumprindo o seu papel na defesa dos direitos humanos. ;A comissão está indo de vento em polpa;. Feliciano marcou nova reunião da CDHM para quarta-feira da próxima semana para a apreciação de projetos e requerimentos.