Os líderes partidários da Câmara não chegaram a um acordo para a votação dos principais pontos da reforma política. Apesar da decisão de alguns partidos decidirem obstruir a votação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que os líderes concordaram em colocar em votação a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata de unificar as eleições no país.
De acordo com a PEC, a partir de 2022 os eleitores poderão votar no mesmo dia para os cargos no Executivo (prefeito, governador, presidente da República) e no Legislativo (vereadores, senadores, deputados estaduais e federais). Nesta terça-feira (9/4), as eleições ocorrem a cada dois anos, alternando-se eleições municipais com eleições para cargos federais e estaduais.
Para ele, isso pode significar o primeiro passo para a votação da reforma política ;desejada por todos os brasileiros;. Henrique Alves explicou que os demais temas ainda não estão prontos para serem votados pelo plenário.
Segundo Alves, em relação ao projeto de lei que institui o financiamento público de campanha seria necessária a aprovação de requerimento de urgência. Já na questão da PEC do fim das coligações proporcionais, será necessária a aprovação do relatório da comissão especial.
;Esst Casa tem que começar a votar a reforma política na noite de hoje (9) e tenha prosseguimento nas próximas semanas. A Câmara não pode ficar a vida inteira empurrando com a barriga a votação da reforma política;, disse Alves.
De acordo com o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), os líderes partidários têm posições ;antagônicas; em relação aos temas da reforma política. Isso, ressaltou o líder, praticamente inviabiliza qualquer votação do tema ainda hoje. ;Não houve acordo no mérito [das propostas] nem nos procedimentos de votação;.