Jornal Correio Braziliense

Politica

Primeiro-secretário paga R$ 325 mil por serviços de empresário suspeito

Vinte e quatro notas da Marca-Texto foram usadas pelo deputado tucano para justificar despesas com divulgação da atividade parlamentar e gastos com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos

Espécie de ;prefeito; da Câmara dos Deputados, o primeiro-secretário da Casa, Márcio Bittar (PSDB-AC), justificou despesas parlamentares com notas fiscais emitidas por empresário suspeito de envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos. Entre fevereiro de 2011 e março de 2013, a Câmara pagou R$ 325 mil ao parlamentar a título de reembolso por serviços supostamente prestados pela Marca-Texto Produção e Arte. A empresa é de João Cardoso Farias, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pela venda de notas frias em escândalo que envolveu a Editora e a Fundação Universidade de Brasília (FUB).



Bittar apresentou o primeiro documento fiscal da Marca-Texto em fevereiro de 2011, quando tomou posse para o segundo mandato legislativo. Vinte e quatro notas da Marca-Texto foram usadas pelo deputado tucano para justificar despesas com divulgação da atividade parlamentar e gastos com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. A primeira nota era de R$ 13 mil. A cifra baixou para R$ 12 mil e subiu, em agosto de 2011, para R$ 15 mil, valor da maioria das notas fiscais apresentadas.